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ATENTADO

Estado Islâmico assume autoria de explosão que matou 41 pessoas no Afeganistão

Forças de segurança do Afeganistão isolaram a área onde ocorreu o atentado, no centro cultural de Cabul. | SHAH MARAIAFP
Forças de segurança do Afeganistão isolaram a área onde ocorreu o atentado, no centro cultural de Cabul. (Foto: SHAH MARAIAFP)

Três explosões resultaram na morte de 41 pessoas nesta quinta-feira (28) ao atingirem um centro cultural xiita e uma agência de notícias em Cabul, no Afeganistão. A maioria das vítimas eram estudantes, segundo as informações de testemunhas.

Conforme noticiado pela agência Reuters, o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria pelo ataque.

O atentado ocorreu de manhã durante um painel no centro cultural Tabian sobre o 38° aniversário da invasão soviética ao Afeganistão. Além dos mortos, pelo menos outras 48 pessoas ficaram feridas no local.

Segundo a CNN, um homem-bomba se infiltrou na multidão e detonou o dispositivo. Outras duas bombas que também estavam no prédio foram acionadas logo depois da primeira explosão.

O edifício atingido está localizado no oeste da capital, em uma região com população predominantemente xiita —ramo minoritário do islã, já que 90% da população afegã segue o ramo sunita. Um repórter da agência local Voz Afegã foi morto durante o ataque a bomba.

A organização terrorista Talibã negou sua participação por meio de uma nota. Houve outros atentados a organizações de imprensa na capital afegã, marcando a deterioração da segurança no país de 35 milhões de habitantes. 

Um porta-voz do presidente Ashraf Ghani disse que o atentado foi um "imperdoável" crime contra a humanidade e prometeu destruir os grupos terroristas atuando no país, onde tem sido registrado algum avanço de organizações vinculadas à milícia radical Estado Islâmico. 

Um dos diretores da Anistia Internacional, de defesa aos direitos humanos, emitiu um comunicado afirmando que o ataque de quinta-feira "ressalta os perigos enfrentados por civis afegãos. "Em um dos anos mais letais já registrados, jornalistas e outros civis continuam a ser alvejados de maneira cruel por grupos armados", afirmou Biraj Patnaik. 

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, em um relatório publicado em dezembro, o Afeganistão é um dos países mais perigosos do mundo para se trabalhar na imprensa. 

Houve outro grande ataque a Cabul nesta mesma semana, com ao menos sete mortos em uma ação suicida contra um escritório de uma agência de inteligência afegã. Em maio, na pior ação contra o país desde 2001, uma explosão deixou 150 mortos e mais de 300 feridos.

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