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| Foto: MOHAMAD TOROKMAN/REUTERS

A facção terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados simultâneos que matarem ao menos 129 pessoas na noite de sexta (13) em Paris, considerados “ato de guerra” pelo presidente François Hollande.

Há 352 feridos, sendo 99 em estado grave. Um brasileiro que foi alvejado nas costas está entre eles, mas não corre risco de morte, informou o consulado brasileiro na cidade.

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Em pronunciamento, Hollande afirmou que os ataques foram “preparados e planejados” fora da França por extremistas ligados ao EI, que ocupa territórios na Síria e no Iraque.

A França, disse o presidente francês, vai reagir à altura do que classificou de “guerra” em curso contra a facção. “A França será impiedosa em sua resposta ao Estado Islâmico”, afirmou Hollande. “Foi um ato de absoluta barbaridade. A França é forte, e, mesmo em luto, nada vai destrui-la”, disse o presidente, que decretou estado de emergência e três dias de luto.

Comunicado atribuído a Estado Islâmico afirma que os locais dos ataques -- uma casa de shows, restaurantes e arredores de um estádio de futebol -- foram escolhidos por seus membros. O texto chama Paris de “capital da prostituição e obscenidade”.

O grupo declarou ainda que os atentados são resposta ao governo francês pelos ataques aéreos em territórios ocupados pelo grupo -- desde o fim de setembro, a França tem participado da coalizão de ataques aéreos contra o EI na Síria. Um bombardeio francês destruiu, por exemplo, um centro de treinamento da facção no leste sírio.

Número de mortos em ataque sobe para 129 e há 99 feridos em estado grave

O promotor francês François Mollins anunciou na tarde deste sábado (14) que o número de mortos durante os ataques em Paris subiu para 129. De acordo com ele, em pronunciamento, 352 pessoas ficaram feridas nas ações -- sendo que 99 delas estão em estado grave.

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Política de guerra

Em Damasco, o ditador Sírio, Bashar al-Assad, afirmou que a política no Oriente Médio de alguns países do ocidente, como a França, também é responsável pela expansão do terrorismo.

“O que a França sofreu com o terrorismo selvagem é o que o povo sírio vem passando há cinco anos”, afirmou, citando a guerra civil no país onde o EI avança.

O governo francês atualizou o número de mortos nos atentados em relação aos 150 noticiados na sexta, quando as informações ainda eram imprecisas diante da grande quantidade de feridos.

A maioria das vítimas assistia a um espetáculo na casa de show Bataclan e foi tomada refém por quatro terroristas. A polícia invadiu o local e matou um deles -os outros três se explodiram. Mais quatro terroristas se explodiram em outros dos sete pontos atacados na cidade.

As autoridades não haviam ainda revelado identidades.

O episódio é o mais mortal em tempos de paz na França, e a maior tragédia na Europa desde os atentados de 2004 que mataram 191 em Madri.

A ligação do Estado Islâmico revela que a facção deve ter partido para uma escalada de retaliação. Na quinta (12), o EI reivindicou o atentado em Beirute, Líbano, que deixou mais de 40 mortos. Uma milícia ligada ao EI reivindicou ainda a recente queda de um avião comercial russo no Egito com 224 a bordo.

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