Um garoto sírio de 14 anos relatou os momentos de terror que passou nas mãos de militantes do grupo extremista Estado Islâmico, que cortaram uma de suas mãos e um de seus pés por ele ter recusado se juntar ao grupo, como conta reportagem da rede de tevê inglesa “Channel 4”.
Segundo o canal, o adolescente, chamado apenas de Omar, servia a uma tropa insurgente na Síria (contrária ao ditador Bashar al-Assad), quando foi capturado pelos extremistas. Durante mais de um mês o garoto foi torturado. Ao se recusar fazer parte do grupo, teve como pena a amputação dos membros.
Omar conta sua trágica história de sua nova casa, na Turquia. “Eles colocaram minha mão em cima de um bloco de madeira e a cortaram com uma faca de açougue. Então, cortaram meu pé e colocaram os dois membros na minha frente para que eu pudesse vê-los”, contou na entrevista. Homens, mulheres e crianças assistiram à cena de terror.
De acordo com o garoto, seu castigo serviu de exemplo para persuadir outras crianças e adolescentes. “Eles trouxeram outros meninos e disseram: ‘este homem é infiel então vamos cortar sua mão e seu pé’”, contou, antes de declarar ao “Channel 4” que está “desistindo da vida”.
O uso de crianças e adolescente tem sido uma das estratégias do Estado Islâmico. O grupo de extremistas, que reivindica uma área entre Síria e Iraque (a qual querem estabelecer um califado), prega a interpretação mais radical do Islamismo. Atualmente, forças ocidentais, turcas, sírias e russas realizam ofensivas contra o grupo.