O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou neste domingo (24) um vídeo com duração de um minuto e meio do brutal ataque cometido contra a casa de espetáculos nos arredores de Moscou, na Rússia. As imagens mostram várias pessoas sendo alvo de tiros, e um ferido sendo degolado.
Escrita em árabe, a descrição do vídeo informa que as imagens seriam “exclusivas para a agência 'Amaq'” [em referência à agência afiliada ao EI] e mostrariam momentos do sangrento ataque contra cristãos em Moscou. O vídeo foi enviado no sábado (23) pelo principal canal de propaganda do EI e começou a circular imediatamente nos canais Telegram, Whatsapp e em redes sociais como o X.
Nele, um dos terroristas pode ser visto disparando com uma arma automática através de uma porta e atingindo ao menos uma pessoa. Atrás da porta, é mostrado um corredor onde também estão várias pessoas no chão e sangue.
O vídeo mostra ainda outro terrorista armado com uma faca se aproximando de um ferido deitado no chão e o atingindo com golpes no pescoço.
Na gravação, legendada em árabe, o terrorista diz: "Alá é o maior, os infiéis são derrotados com a vontade de Alá. Nós vamos pelo caminho de Alá e para dar a vitória à sua religião".
O atentado ocorreu na sala de concertos Crocus City Hall, dentro de um centro comercial na cidade de Krasnogorsk, a noroeste da capital russa, onde os agressores atiraram contra dezenas de pessoas e usaram bombas incendiárias contra as instalações. De acordo com as autoridades russas, ao menos 137 pessoas morreram e 180 ficaram feridas.
"Guerra entre Estado Islâmico e os países que lutam contra o islã"
Segundo a "Amaq", o ataque envolveu metralhadoras, uma pistola, bombas incendiárias e facas que foram utilizadas para "cortar a garganta de várias pessoas no interior da sala e nos corredores", indicando ainda que os presumíveis jihadistas visavam as cabeças dos participantes no evento.
A agência jihadista também enalteceu o fato de o atentado ter provocado "um número infinito de vítimas" e calculou em 300 o número de mortos e feridos, indicando que o ataque ocorreu "no contexto normal de guerra entre o Estado Islâmico e os países que lutam contra o islã".
De acordo com investigadores russos, as vítimas da tragédia morreram com ferimentos a bala e asfixia pela fumaça do incêndio provocado pelos agressores. O Serviço Federal de Segurança (FSB) já confirmou a prisão de 11 pessoas relacionadas ao ataque.
Entre os detidos estão quatro terroristas que participaram pessoalmente do atentado. Os suspeitos, que ofereceram resistência, foram presos em uma estrada na região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia.
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