Templo de Baal-Shamin, um dos mais importantes da cidade histórica de Palmira, foi destruído pelos jihadistas do Estados Islâmico| Foto: /Wikimedia

Militantes do Estado Islâmico explodiram neste domingo (23) o templo da era romana de Baal-Shamin, um dos locais mais importantes da antiga cidade de Palmira, na Síria, informou o responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim.

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Crime de guerra

A Unesco condenou nesta segunda-feira o ataque do Estado Islâmico (EI) ao templo de Baal Shamin, uma das maiores relíquias arqueológicas da cidade de Palmira, classificando-o de crime de guerra.

Construído nos primeiros séculos da era cristã, o templo era dedicado ao deus fenício dos raios e das tempestades. Uma reforma datada de 258 d.C. adicionou influência egípcia à arquitetura do santuário da era romana.

É a primeira vez que o EI danifica ruínas do período romano em Palmira. Em junho, a milícia explodiu dois antigos santuários da cidade, considerados pagãos pelos militantes. No mês seguinte, demoliu a famosa estátua do Leão de al-Lat (“deusa-mãe de Palmira”), que ficava na entrada do museu local.

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“Nós temos dito repetidamente que a próxima fase será de aterrorizar pessoas e que, quando eles tivessem tempo, começariam a destruir os templos”, disse Abdul Karim à agência Reuters.

“Estou vendo Palmira ser destruída em frente aos meus olhos”, afirmou Abdul Karim. “Deus nos ajude nos próximos dias.”

Há uma semana, militantes decapitaram Khaled Asaad -- arqueólogo de 82 anos que trabalhou por mais de 50 anos no setor de antiguidades em Palmira --, depois de interrogá-lo por mais de um mês.

Antes do domínio da cidade pelo EI, autoridades sírias disseram que levaram centenas de estátuas antigas para locais seguros, preocupados com o fato de que as peças poderiam ser destruídas.

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De acordo com Abdul Karim, o EI também começou a fazer escavações para buscar ouro e está dando licenças para a atividade ilegal na cidade síria.