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Se fosse uma música, poderia ser “Hotel Califado”. Mas é algo sério: o Estado Islâmico se apropriou de um hotel abandonado em Mossul, no Iraque, e agora oferece a membros e simpatizantes do grupo seus 262 quartos, dois restaurantes, dois salões de baile e um ginásio.

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No 1º de maio, contas ligadas ao grupo no Twitter anunciaram a abertura do al-Waritheen, novo hotel no lugar do Ninawa, tomado pelos jihadistas com a invasão da cidade milenar. O evento de lançamento convidava muçulmanos para frequentarem de graça.

Em imagens divulgadas pelo grupo, em estilo semelhante ao hollywoodyano de outros vídeos, é possível conferir a imagem de um hotel luxuoso, com altos padrões de consumo. O antigo Ninawa era um dos mais bem avaliados no site TripAdvisor.

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O luxo se estende a várias áreas da hospedagem: tem piscinas, quadras de tênis, piso de mármore na recepção, espelhos d’água, jardins bem cuidados e uma bela vista do Rio Tigre.

O bar, no entanto, continuará fechado, de acordo com informações do jornal inglês Daily Mail. E mais: há regras rígidas que, se quebradas, pode resultar em severas penas -- muito além de simples multas -- a seus hóspedes.

Repercussão

Charlie Winter, pesquisador de um grupo contraterrorista, afirmou ao ‘Independent’ que a medida é uma tentativa de sugerir que os bombardeios liderados pelos EUA não desestabilizariam o grupo.

“Acho que a mensagem que os propagandisas estão tentando retratar é que, se a coalizão realmente estivesse causando dano, o grupo não conseguiria receber jantares de gala com fogos de artifício em um hotel de luxo”, avaliou Winter, que acredita que a principal função do hotel será receber comandantes e figuras do alto escalão do grupo.

Correspondente da rede al-Rai, Elijah Magnier duvida da medida. “É uma tentativa de mostrar Mossul como um lugar em ordem e normal, mas seu povo não consegue ficar por lá por não ter dinheiro.”

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