Militantes do Estado Islâmico cortaram as gargantas de cinco jornalistas que trabalhavam para uma emissora de TV da Líbia na parte oriental do país, disse um comandante do Exército nesta segunda-feira (27).
Os repórteres estavam desaparecidos desde agosto, quando deixaram a cidade de Tobruk depois de cobrir a inauguração do Parlamento eleito do país e viajaram para Benghazi. A rota deles passava por Derna, um reduto dos militantes islâmicos.
Faraj al-Barassi, um comandante distrital do Exército no leste da Líbia, afirmou que os militantes leais ao Estado Islâmico foram responsáveis pela morte dos jornalistas, cujos corpos foram encontrados nos arredores da cidade oriental de Bayda.
“Cinco corpos degolados foram encontrados hoje nas florestas da Montanha Verde”, afirmou Barrasi à Reuters, referindo-se a uma área pouco povoada a leste de Benghazi. Ele não disse quando os cinco jornalistas devem ter sido mortos.
Os repórteres (quatro líbios e um egípcio) trabalhavam para a Barqa TV, uma rede de televisão que apoia o federalismo para o leste da Líbia, segundo outros jornalistas.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês), com sede em Bruxelas, grupo que promove a liberdade de imprensa, disse que os jornalistas tinham sido sequestrados em um posto de controle do Estado Islâmico e foram mortos “recentemente”.
“Estamos profundamente chocados com este massacre brutal”, declarou o presidente da IFJ, Jim Boumelha. “O Isis (Estado Islâmico) visa horrorizar, mas só podemos sentir grande tristeza e ainda mais vontade de ver os assassinos responsabilizados por seus crimes.”
Militantes leais ao Estado Islâmico exploraram um vácuo de segurança na Líbia, onde dois governos e parlamentos aliados a grupos armados estão lutando em várias frentes quatro anos após a derrubada de Muammar Gaddafi.
O governo internacionalmente reconhecido está baseado no leste desde que perdeu o controle da capital Trípoli, em agosto, para uma facção rival, que criou sua própria administração.
A Câmara dos Deputados, o Parlamento eleito da Líbia, também fica no leste desde a sua inauguração, em agosto.
O Estado Islâmico, grupo que tomou partes da Síria e do Iraque, assumiu a responsabilidade pela morte de 30 etíopes e 21 cristãos egípcios, além de ataques a um hotel de Trípoli, embaixadas e campos petrolíferos.
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