Militantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assassinaram nesta sexta-feira (1.º) no norte do Iraque mais de 50 iraquianos da minoria yazidi e xiitas, por as considerarem heréticas, informaram fontes políticas e de segurança.
O dirigente da União Nacional do Curdistão iraquiano, Hukar Yaf, disse que os cidadãos foram assassinados com disparos na cabeça na cidade de Tal Afar, a 65 quilômetros a oeste de Mossul, a segunda cidade do Iraque e em poder do EI desde junho do ano passado.
Segundo Yaf, os jihadistas começaram a executar extrajudicialmente às pessoas que foram capturadas, porque se transformaram em uma carga para eles depois do começo dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA contra suas posições.
O governador de Ninawa, Ezel Nujaifi, condenou a execução e afirmou que isto demonstra, mais uma vez, que “Daesh (acrônimo árabe do Estado Islâmico) não tem normas nem respeita as leis estabelecidas por Alá para o tratamento dos prisioneiros”.
Segundo Nujaifi, o EI matou centenas de yazidis sem nenhum remorso, o que cria uma “imagem negra” dos muçulmanos, apesar de os sábios do islã terem denunciado esses crimes e insistido que não têm nada a ver com a religião.
O grupo Estado Islâmico mantém centenas de cidadãos xiitas e da minoria yazidi detidos desde junho, quando tomou o controle da região de Tal Afar e, um mês depois, da região de Sinjar, onde vivem muitos yazidis.