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Tensão no Oriente Médio

Estado Islâmico reivindica ataque no Irã que deixou dezenas de mortos

Atentado ocorreu durante homenagens ao ex-comandante Qassem Soleimani, morto por um drone dos Estados Unidos em 2020 (Foto: EFE/EPA/SARE TAJALLI)

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O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou nesta quinta-feira (4) a autoria de um ataque que matou 84 pessoas e deixou quase 300 feridas na quarta-feira (3) em Kerman, no Irã.

Em um comunicado divulgado no Telegram, o grupo classificou o atentado como uma “operação de duplo martírio” e afirmou que dois terroristas detonaram explosivos amarrados a seus corpos “perto do túmulo do líder hipócrita”, numa referência a Qassem Soleimani, ex-comandante da unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana morto por um drone dos Estados Unidos em 2020 e que era homenageado por uma multidão no cemitério local no momento do ataque.

O Estado Islâmico identificou os dois homens-bomba como Omar al-Mowhid e Saifallah al-Mujaahid, que cometeram o atentado para que “os politeístas saibam que os jihadistas estão por trás deles e de seus projetos”, segundo a declaração.

O atentado gerou preocupação a respeito de uma possível escalada das tensões no Oriente Médio, palco de uma guerra deflagrada após ataques do Hamas, grupo terrorista apoiado pelo Irã, em Israel em 7 de outubro.

O Hezbollah e os houthis do Iêmen, grupos também chancelados por Teerã, têm entrado em confrontos isolados com forças israelenses, que concentram seu esforço de guerra na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “resposta dura” ao atentado de quarta-feira, enquanto o presidente iraniano, Ibrahim Raisi, disse antes da divulgação do comunicado do Estado Islâmico que os autores “deste ato covarde serão em breve identificados e punidos pelo seu ato hediondo pelas forças de segurança e aplicação da lei competentes”. (Com Agência EFE)

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