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Terrorismo

Estado Islâmico reivindica atentado no Irã; governo culpa protestos por liberdade

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que “os inimigos do Irã, depois de não conseguirem criar uma divisão nas fileiras unidas da nação, se vingam por meio da violência e do terror” (Foto: Presidência da Rússia/Wikimedia Commons)

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O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu nesta quarta-feira (26) a autoria de um ataque ocorrido horas antes em um santuário da cidade de Shiraz, no sul do Irã, que deixou ao menos 15 mortos e 40 feridos.

O autor do atentado disparou contra os visitantes do santuário Shahcheragh durante a tarde (pela hora local), conforme informou o vice-governador da província de Fars, Esmaeil Mohebbipour, à agência local de notícias Irna.

O responsável pelo ataque foi ferido e acabou preso, conforme apontou o veículo de imprensa, que antes chegou a publicar que seriam três os autores, o que foi retificado posteriormente.

Segundo a Irna apurou junto a testemunhas, o autor do atentado chegou ao santuário em um carro e, logo depois de entrar no recinto, começou a disparar nas pessoas ali presentes, antes de fugir.

Antes da confirmação da autoria por parte do Estado Islâmico, a agência havia apontado que o ataque tem o “estilo de terroristas takfiri [termo que Teerã utiliza para definir grupos radicais sunitas como o EI]”, enquanto que a agência de notícias Nour News, próxima do Conselho Supremo de Segurança Nacional, havia afirmado que o responsável não é iraniano.

O santuário Shahcheragh era visitado por muitas pessoas nesta quarta-feira, e o ataque ocorreu em um horário do pico de presentes no local.

O presidente Ebrahim Raisi disse que o Irã responderia ao ataque e que os protestos realizados no país nas últimas semanas, devido à morte de uma jovem após ser presa pela polícia de costumes por “uso inadequado” do véu islâmico, estariam relacionados ao ataque.

“A experiência mostra que os inimigos do Irã, depois de não conseguirem criar uma divisão nas fileiras unidas da nação, se vingam por meio da violência e do terror”, disse Raisi à mídia estatal, antes do Estado Islâmico reivindicar responsabilidade.

“Este crime definitivamente não ficará sem resposta, e as forças de segurança e de aplicação da lei ensinarão uma lição àqueles que planejaram e executaram o ataque.”

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