O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou nesta terça-feira (17) a autoria do atentado terrorista ocorrido nesta segunda-feira (16) no centro de Bruxelas, capital da Bélgica, que resultou na morte de dois torcedores suecos e deixou outra pessoa ferida.
A agência de propaganda grupo terrorista Amaq, lançou um comunicado nesta terça-feira afirmando que "um combatente do Estado Islâmico realizou um ataque armado contra vários cristãos na Suécia, um país que participa da coalizão internacional [que luta] contra o Estado Islâmico".
Segundo informações do comunicado, o terrorista, que não teve seu nome citado no texto, iniciou um tiroteio com uma metralhadora contra os torcedores suecos que se deslocaram até Bruxelas para assistir ao jogo entre as seleções sueca e belga de futebol, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2024.
A Amaq disse que o atentado está inserido no contexto das “operações convocadas pelo Estado Islâmico contra cidadãos dos países da coalizão internacional antijihadista”. O comunicado, no entanto, não mencionou explicitamente uma das possíveis motivações para o ataque, como a queima de exemplares do Alcorão na Suécia que ocorreu nos últimos meses.
O terrorista, identificado pelas autoridades belgas como Abdesalem L, de 45 anos, foi morto nesta terça-feira após ser baleado em um café no bairro de Schaerbeek durante um confronto com a polícia.
A polícia belga acredita que o atirador seja de origem tunisiana e que ele vivia no país de forma ilegal, já que ele teve seu pedido de asilo rejeitado em 2020. Após sua morte, a Bélgica reduziu o nível de alerta de terrorismo de 4 para 3 novamente.
A investigação sobre os motivos e as circunstâncias do atentado continua em andamento.
Na França, uma fonte ligada as investigações sobre o atentado terrorista em uma escola de Arras, cidade que fica ao norte do país, disse que o assassino Mohammed Moguchkov, de 20 anos, fez uma referência ao ataque do Hamas contra Israel e creditou o Estado Islâmico pelo atentado que resultou na morte de um professor.
Essas declarações de Moguchkov, que é islâmico, foram reveladas por meio de um vídeo, que teria sido gravado antes do dia em que ocorreu a tragédia.
Desde o atentado em Arras, as autoridades francesas aumentaram o nível de alerta de terrorismo em todo o território nacional e mobilizaram cerca de 7 mil militares para combater possíveis novos ataques.
O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, informou que 102 pessoas foram presas por atos antissemitas ou expressar apoio ao terrorismo na França desde o ataque de 7 de outubro. (Com Agência EFE)
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