O grupo radical Estado Islâmico (EI) reivindicou ontem,em uma mensagem de rádio, a tentativa de ataque a um evento de caricaturas de Maomé, organizado por uma associação no Texas, no sul dos Estados Unidos. Os dois autores do ataque, na noite de domingo, foram mortos pela polícia.
O episódio aconteceu na cidade de Garland, perto de Dallas, onde a associação American Freedom Defense Initiative organizou um concurso de caricaturas de Maomé, cuja representação é proibida pelo islamismo. Armados, Elton Simpson, de 31 anos, e Nadir Soofi, 34, atiraram contra uma viatura da polícia na frente do local da exposição. Um policial matou os atiradores e um segurança ficou levemente ferido no tiroteio.
“Muito cedo”
A Casa Branca avalia que é “muito cedo” para dizer se os dois homens mortos pela polícia no Texas eram ligados ao Estado Islâmico. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que muitas pessoas alegam lealdade ao grupo, mesmo não sendo filiados.
“Os irmãos foram mortos durante uma troca de tiros, e pedimos a Deus para recebê-los para o céu”, afirmou o Estado Islâmico. “Dizemos à América que o que está sendo preparando será mais importante e mais amargo. Verão coisas horríveis dos soldados do Estado Islâmico”,
Para o cartunista que ganhou o concurso no Texas, Bosch Fawstin, foi feita “justiça” com a morte dos suspeitos. “Eles vieram para nos matar e morreram por isso. Justiça”, publicou no Twitter. A charge mostra o profeta com um turbante, armado de espada e gritando: “Você não pode me desenhar”. Em resposta, uma mão segurando um lápis aparece desenhando Maomé, tendo ao lado a inscrição: “É por isso que eu desenho você.”
Os familiares de Elton Simpson classificaram o ataque cometido por ele como um “ato de violência sem sentido”. “Somos uma família que não tolera a violência. Apoiamos orgulhosamente os homens e mulheres de nosso país”, afirmou família por meio de seu advogado.
O FBI começou a investigar Simpson em 2007 por causa de seus supostos planos de ir à Somália para se unir a um grupo radical islâmico. Depois, em 2011, ele foi condenado a três anos de prisão em liberdade condicional por mentir sobre as reais intenções de sua viagem. Os dois moraram em Phoenix, no Arizona.
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