Homens armados atacaram um restaurante da área diplomática de Daca, capital de Bangladesh, nesta sexta-feira, em uma ação reivindicada pelo Estado Islâmico (EI). Dois policiais morreram na operação das forças de segurança no Holey Artisan. Há relatos de pelo menos 40 pessoas feridas. Não se sabe ao certo quantas pessoas estão presas no estabelecimento, mas testemunhas relataram que há pelo menos entre 20 e 30 pessoas, a maioria de estrangeiros.
O dono do restaurante escapou do ataque e relatou ao “Dakha Tribune”, um dos principais jornais locais, ter visto entre seis e oito homens armados, que fizeram 20 reféns. Já Sumon Reza, funcionário da cozinha, disse ter visto dois atiradores, que aparentavam ter menos de 30 anos. Eles carregavam pequenas armas de fogo e pelo menos um deles tinha uma faca. A testemunha também afirmou que eles gritavam Allahu Akhbar (Deus é grande) durante a invasão.
“Eles lançaram coquetéis Molotov, desencadeando o pânico. Eles carregavam pistolas, espadas e bombas. Eu consegui escapar desta confusão” , disse Reza.
Cerca de quatro horas após o início do ataque, o Estado Islâmico reivindicou a autoria da ação criminosa pelas redes sociais. O grupo extremista afirma que o atentado deixou mais de 20 mortos.
De acordo com o “Dakha Tribune”, um chefe da polícia confirmou que há pelo menos 20 policiais hospitalizados. Outra rede de televisão local afirma que 35 pessoas teriam sido admitidas em diferentes hospitais da região.
A polícia cercou o restaurante. Na operação, dois policiais morreram e três ficaram feridos ao serem atingidos por disparos. As forças de segurança se preparam para invadir o local, e os criminosos jogaram granadas contra a polícia.
“Nós estamos tentando resolver esta situação pacificamente”, disse o general Benzir Ahmed à CNN. “Peço que todos permaneçam calmos e não entrem em pânico”.
Outra testemunha disse ter ouvido, da sua casa, disparos e relatou que a situação “parecia bem ruim”. O restaurante é popular entre expatriados, diplomatas e famílias de classe média.
Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que era muito cedo para determinar quem está envolvido no ataque ou qual foi a sua motivação. O órgão disse que nenhum americano trabalhando na missão dos EUA em Bangladesh estava no local.
Uma série de ataques com vítimas fatais já tiveram blogueiros, ateístas e minorias religiosas como alvo em Bangladesh nos últimos meses. A maioria das ações criminosas — geralmente com facões e não armas de fogo — vêm sendo atribuídas a grupos extremistas islâmicos.
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