A facção terrorista Estado Islâmico anunciou neste domingo (17) ter tomado controle de Ramadi, capital de Anbar, maior província do Iraque.
A perda da cidade – que fica a apenas 100 km da capital Bagdá – foi admitida pelo porta-voz do governo da província, Muhannad Haimour, e considerada a maior vitória militar do EI no ano.
Apesar de o primeiro-ministro Haider al Abadi ter determinado que as tropas iraquianas mantenham suas posições, a maior parte dos soldados já abandonou a cidade. Al Abadi também ordenou que militares xiitas do país se preparem para lutar na cidade, que é de maioria sunita.
As forças do grupo terrorista saquearam o quartel-general de Ramadi – tomando conta de um grande depósito de armas – e executaram apoiadores do governo iraquiano, segundo fontes do jornal The New York Times.
Segundo uma fonte de segurança, os militares que se encontravam nas instalações militares escaparam para uma área conhecida como “quilômetro 160”, situada ao oeste da cidade, em meio à fuga de dezenas de famílias das regiões que foram ocupadas pelos jihadistas.
Em nota, o EI indicou que dezenas de soldados iraquianos morreram durante os combates que precederam a nova conquista do grupo, que no ano passado lançou uma ofensiva relâmpago e estendeu sua influência em amplas áreas do Iraque e da Síria.
Nas contas de Haimour, ao menos 500 civis e seguranças foram mortos nos últimos dois dias no entorno de Ramadi, cuja população é de aproximadamente 500 mil pessoas.
