O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira (3) uma série de acusações contra seis lideranças do grupo terrorista Hamas relacionadas a terrorismo, conspiração para assassinato e evasão de sanções.
Embora tais acusações sejam relativas ao “financiamento, direção e supervisão de uma campanha de décadas para assassinar cidadãos americanos e colocar em risco a segurança nacional dos Estados Unidos”, o foco da denúncia são os atentados de 7 de outubro de 2023 em Israel, nos quais 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 251 foram sequestradas pelo Hamas.
Entre as lideranças denunciadas, estão o novo líder político do grupo terrorista, Yahya Sinwar, que substituiu Ismail Haniyeh, morto em Teerã no final de julho num ataque atribuído a Israel. Haniyeh e outros dois líderes do Hamas já mortos foram incluídos na denúncia do Departamento de Justiça: Mohammad Al-Masri e Marwan Issa.
“Por décadas, o Hamas e sua liderança se dedicaram à erradicação do Estado de Israel e a assassinar, mutilar e brutalizar qualquer um — incluindo dezenas de americanos — que estivesse em seu caminho”, disse Damian Williams, procurador para o Distrito Sul de Nova York, em comunicado divulgado pelo DOJ.
“Os massacres do Hamas de 7 de outubro — nos quais mais de 40 cidadãos americanos foram assassinados — são apenas o mais recente ato de selvageria realizado pelo Hamas”, acrescentou.
O DOJ destacou que as sentenças máximas pelos crimes atribuídos às lideranças do Hamas variam de 20 anos de detenção a prisão perpétua e morte. As penas serão determinadas por um juiz federal e o FBI segue investigando o caso, apontou o departamento.
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