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Comentários ácidos feitos nos Estados Unidos pelo enviado especial americano para mudanças climáticas, Todd Stern, atingiram ontem as negociações de clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bangcoc, na Tailândia.

Irônico, ele disse à distância que as disputas sobre a questão da agenda de debates para este ano eram semelhantes a brigar pelo formato da mesa de negociação. As discussões culminarão neste ano na Conferência do Clima da ONU (COP-17), em Durban, na África do Sul. É lá que deve ser decidido se os países continuarão com o Protocolo de Kyoto - tratado que obriga os países industrializados a reduzir as emissões de CO2 - ou se será feito um novo acordo. A primeira fase de Kyoto termina em 2012.

Em evento da agência de notícias Bloomberg em Nova York, Stern disse que um tratado com valor jurídico, como o que deveria ter sido feito em Copenhague em 2009, é impraticável. E disse que, em vez de acordos internacionais, as leis nacionais de corte de emissões de gás carbônico são a chave para combater o aquecimento.

Segundo a Bloomberg, seus comentários sugeriam até mesmo que os EUA poderiam deixar o processo de negociação multilateral da ONU ao afirmar que ela não é a "única plataforma para a proteção climática". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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