Os Estados Unidos não pretendem aumentar suas metas de redução de gases de efeito estufa até 2020, informou hoje (15) o enviado norte-americano para Conferência do Clima em Copenhague, Todd Stern, segundo informações da Agência Lusa.
O governo do presidente Barak Obama se comprometeu a cortar emissões de carbono norte-americanas em 17% até 2020, frente aos níveis de 2005, o que significa uma redução de 3% em relação a 1990, ano adotado como referência pela União Europeia.
O representante disse que os Estados Unidos não devem fazer qualquer mudança na proposta de redução de gases poluentes. Ele afirmou ainda que a proposta está ligada legislação sobre o clima que ainda não foi aprovada pelo Congresso norte-americano. Com a aprovação da legislação podem ser fornecidos elementos que ajudem a formular um objetivo global de redução das emissões mais elevado", disse.
Todd ressaltou que os Estados Unidos não têm mecanismos para se comprometer com um aumento da meta de redução de gases.
Os Estados Unidos junto com a China são responsáveis por 40% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. Os norte-americanos têm recebido críticas pela demora em aprovar seu pacote climático, previsto para 2010. Sem esse pacote será muito difícil obter um avanço real nas negociações para alcançar um novo acordo sobre o clima que entre em vigor em 2012, quando vence a primeira etapa do Protocolo de Quioto.
Delegações de 192 países estão reunidas até 18 de dezembro em Copenhague no maior e mais importante encontro mundial sobre o clima. A intenção é fechar um acordo para um texto legalmente vinculativo, que tenha as metas necessárias para assegurar que o aquecimento global não seja superior a 2º Celsius em relação era pré-industrial.
Participam do encontro mais de 100 chefes de Estado e de governo além de 15 mil delegados e do próprio secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.