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Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um compromisso e lideraram nesta sexta-feira (26) um esforço para uma resolução que condena o Irã na Organização das Nações Unidas, mas não levará a novas sanções contra a República Islâmica.

O rascunho da nova resolução reafirma as três resoluções prévias, que impuseram sanções econômicas e políticas ao Irã porque o regime de Teerã recusou-se a suspender seu programa de enriquecimento de urânio.

A resolução também insta o Irã a "cumprir de maneira completa, sem atrasos, com suas obrigações" e atender às demandas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o braço da ONU para energia nuclear.

O Conselho de Segurança da ONU, onde EUA e Rússia chegaram a um consenso sobre o Irã, reuniu-se durante mais de uma hora nesta sexta-feira (26) e concordou em retomar as conversas na segunda-feira (29).

O secretário do Exterior da Grã-Bretanha, David Miliband, disse que a nova resolução foi obtida com a concordância de seis países cruciais nas negociações sobre o programa nuclear do Irã - Rússia, EUA, Grã-Bretanha, França, China e Alemanha.

Os EUA, Grã-Bretanha e França pressionavam por mais uma rodada de sanções, mas a China e a Rússia foram contra.

A proposta de nova resolução é um compromisso - não terá novas sanções, mas um severo comunicado e aviso ao Irã, de que as resoluções do Conselho de Segurança precisam ser obedecidas.

"Não haverá sanções", disse o ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov.

"A unidade de objetivos no Conselho é um sinal muito importante para ser enviado", disse o vice-embaixador dos EUA na ONU, Alejandro Wolff. "Faz apenas seis meses que as últimas sanções entraram em vigor. O silêncio do Conselho, nós acreditamos, enviaria desta vez um sinal errado", ele disse. As informações são da Associated Press.

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