O governo americano anunciou nesta sexta-feira (11) que rejeitou o visto ao diplomata iraniano Hamid Abutalebi, que segundo Washington participou da tomada da embaixada dos EUA em Teerã de 1979 e tinha sido proposto como embaixador na ONU.

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"Não consideramos que seja uma indicação válida", explicou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, que não quis dar mais detalhes sobre as razões defendidas para a rejeição do visto.

O Congresso dos EUA tinha aprovado na quinta-feira uma legislação na qual pede que não se permita a Hamid Abutalebi cumprir seu trabalho de enviado iraniano em Nova York pelo papel que desempenhou na tomada de 55 reféns americanos na embaixada em 1979 durante mais de um ano, apesar desse papel ter sido menor, como intérprete.

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Abutalebi é atualmente secretário político no gabinete do presidente Hassan Rohani e um diplomata veterano.

O Departamento de Estado esteve considerando a solicitação do visto diplomático e finalmente decidiu negá-lo, apesar disso pode afetar a lenta melhoria das relações com a nova administração iraniana.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que espera que esta decisão não afete as negociações para que o Irã altere seus planos de enriquecimento de urânio, que EUA e Israel temem que possa levá-los a criar um programa nuclear de caráter militar.

A Casa Branca tinha se mostrado contrária à proposta de Abutalebi e aparentemente a forte oposição do Congresso à indicação acabou fazendo a balança inclinar a favor da rejeição do diplomata.

Apesar de os EUA estarem obrigados a acolher os representantes nas Nações Unidas em Nova York, o Departamento de Estado determinou que pode rejeitar solicitações de visto àqueles que considera ameaças para a segurança nacional ou à política americana.

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