WASHINGTON - Um homem que assassinou a esposa e o sogro em 1988 foi executado nesta sexta-feira no estado americano da Carolina do Norte depois de fracassar os esforços de seus advogados para que fosse adiado o castigo ou trocado pela prisão perpétua.

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A execução Kenneth Lee Boyd, um veterano da guerra do Vietnã de 57 anos, chamou atenção do mundo todo porque é a milésima desde que a Suprema Corte dos EUA permitiu, em 1976, a retomada da pena capital, cuja aplicação havia sido suspensa durante nove anos. A primeira execução se deu um ano depois: Gary Gilmore foi mandado a pelotão de fuzilamento em Utah.

Boyd recebeu uma injeção letal às 5h (horário de Brasília), depois que o governador do estado, Michael Easley, negou a substituição da pena capital e a Corte Suprema rejeitou uma última apelação apresentada pelos advogados.

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Easley assinalou em uma declaração que "depois de considerar cuidadosamente os fatos e circunstâncias destes crimes e sua declaração de culpa, não encontro uma razão categórica para outorgar clemência e anular os veredictos dos jurados que foram apoiados pelos tribunais estaduais e federais".

O advogado de Boyd, Thomas Maher, disse que a execução não tinha feito do mundo um lugar melhor ou mais seguro.

- Esta milésima execução é um marco histórico, um marco histórico de que todos nós deveríamos nos envergonhar - afirmou.

Chorando muito, Kathy Smith, nora do prisioneiro, disse que ele "era um homem muito gentil, com um bom coração". Vários parentes de Boyd derramaram lágrimas no momento da execução.

Cerca de cem manifestantes contrários à pena de morte se reuniram na calçada do lado de fora da prisão para acender velas e ler o nome das outras 999 pessoas executadas nos EUA desde 1976.

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Dos 50 estados americanos, 38 permitem a pena capital. Apenas a China, o Vietnã e o Irã ultrapassaram os EUA no número de execuções em 2004, de acordo com o grupo Anistia Internacional.