Cinquenta e nove jornalistas foram mortos por seu trabalho no primeiro semestre deste ano, afirmou hoje a entidade Press Emblem Campaign. No mesmo período do ano passado o registro era de 53.

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O maior número de mortes ocorreu no México, onde nove jornalistas foram mortos em seis meses. Nesse país, o crime organizado está "caçando jornalistas", afirmou em comunicado a organização não-governamental (ONG) sediada em Genebra. As outras nações mais perigosas no mundo para jornalistas são Honduras, onde oito jornalistas foram mortos, Paquistão (seis), Nigéria (quatro) e Filipinas (quatro).

O secretário-geral da ONG, Blaise Lempen, disse em comunicado que os jornalistas estão "extremamente expostos em países que passam por problemas internos". Segundo ele, é preciso que os governos e a comunidade internacional "ajam com firmeza para parar essas mortes e levar os responsáveis pelos crimes à Justiça".

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Três jornalistas foram assassinados na Rússia, três na Colômbia e dois no Iraque, Nepal, Tailândia e Venezuela. Um jornalista foi morto no Brasil, Afeganistão, Angola, Bangladesh, Bulgária, Camarões, Chipre, Equador, Israel, Congo, Ruanda, Turquia, Somália e Iêmen.

No balanço da entidade, o jornalista brasileiro vitimado neste ano foi Clovis Silva Aguiar, morto a tiros em 24 de junho. Conhecido como "Cachorrão", Aguiar trabalhava como radialista e cronista esportivo em Imperatriz, no Maranhão.

Razões

Lempen disse que as razões para essas mortes variam de causa, passando pelo crime organizado no México e por tensões tribais no Paquistão e na Nigéria, além de disputas políticas nas Filipinas, no Cáucaso russo e no Nepal.

A organização, que faz campanhas por uma maior proteção para jornalistas em zonas de conflito, também lembrou que dois jornalistas franceses de TV foram capturados por mais de seis meses no Afeganistão. A entidade condenou os riscos a que jornalistas são expostos por causa de seu trabalho, entre eles o de serem sequestrados.

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No ano passado, um recorde de 122 jornalistas foram mortos por causa de sua profissão. Em 2008, esse número foi de 91, segundo o grupo, que mantém um levantamento dessas mortes em seu site www.pressemblem.ch. As informações são da Dow Jones.