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As estrelas-do-mar começaram a se recuperar após uma quase extinção massiva causada por um vírus ao longo da costa dos Estados Unidos em 2013 e 2014, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica PLOS ONE.

O surto que fez as estrelas-do-mar derreterem e morrerem afetou 20 espécies diferentes, desde a Baixa Califórnia, no México, até o Alasca, tornando-se “uma das maiores epidemias em um ecossistema marinho registrada na história”, afirmam os pesquisadores.

A doença atingiu com força o estado do Oregon em abril de 2014, e se espalhou ao longo de grande parte da costa até junho, infectando cerca de 90% das estrelas-do-mar, segundo o estudo liderado por Bruce Menge, da Universidade Estadual do Oregon.

Os pesquisadores rastrearam o surto, realizando cerca de 150 mapeamentos de habitats rochosos entremarés (zonas do litoral que ficam expostas quando a maré está baixa) em nove locais ao longo da costa do Oregon entre a primavera de 2014 e o outono de 2015.

Eles descobriram que cerca de 80% das populações morreram nos locais estudados.

A epidemia se instalou em zonas de águas geladas e afetou desproporcionadamente estrelas-do-mar adultas e espécies que viviam em poças de maré (poças que se formam entre as rochas próximas à orla quando a maré está baixa), de acordo com o relatório.

Por volta da primavera de 2015, a população da estrelas-do-mar começou a se recuperar rapidamente.

“Locais estudados tinham até 300 vezes mais novas estrelas-do-mar do que em 2014”, disse o relatório.

“Essa recuperação pode ter acontecido devido ao aumento da disponibilidade de presas pequenas, como mexilhões, resultante da perda das estrelas-do-mar do ano anterior”, afirma o estudo.

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