Um estudante norte-americano de 14 anos abriu fogo contra dois professores da escola SuccessTech, em Cleveland, nos Estados Unidos, na tarde desta quarta-feira (10).
Segundo a rede de TV norte-americana "CNN", entre duas e quatro pessoas teriam ficado feridas. A polícia informou que o jovem atirador morreu, de acordo com uma afiliada da "CNN" e com a rede de TV "NBC".
Entre as vítimas estão dois homens de 42 e 57 anos, professores do colégio, e dois estudantes de 14 e 17 anos. Há ainda uma quinta pessoa ferida, uma jovem de 14 anos, que não foi atingida pelos tiros, mas machucou o joelho quando fugia. Todas as vítimas estão em situação estável, segundo fontes oficiais.
A polícia continua vasculhando a escola, apesar de o local já ser considerado seguro. "Não temos razão para acreditar que haja mais de um suspeito", disse o prefeito em entrevista coletiva.
Ainda não está claro o que teria levado o rapaz a cometer o crime. Duas hipóteses foram sugeridas pelas redes de TV norte-americanas: 1) ele estaria chateado porque recebeu uma suspensão; 2) o estudante teria se envolvido numa briga com outro aluno da escola no início da semana, e voltou ao local para se vingar.
Segundo a rede de TV local Action News, ele tinha duas armas, uma em cada mão, e atirou nos professores no corredor da escola.
Seleta e personalizada
A rede de TV "Fox News" diz que a SuccessTech é uma escola pública de ensino médio pouco tradicional, que oferece um currículo personalizado e rico em experiências tecnológicas.
Menos de cem estudantes novos são admitidos nesta escola por ano, e a seleção é rigorosa. Os estudantes têm computadores individuais, aulas on-line e em video-conferência.
Testemunha ocular
Os repórteres da agência Associated Press entrevistaram o estudante Ronell Jackson, de 15 anos, que estava no local do crime.
Ele contou que viu o atirador correndo no corredor da escola e se escondeu. "Ele ia atirar em mim também, mas eu fugi bem na hora. Ele estava apontando a arma para mim quando me escondi."
Jackson disse ainda que viu três pessoas serem retiradas da escola em macas.
Tammy Mundy, mãe de dois estudantes da escola, disse à Associated Press ter recebido a ligação da sua filha quando o tiroteio começou.
"Ela disse: mãe, estão atirando aqui na escola. As crianças estão correndo, estou me escondendo", contou a norte-americana.
Mundy também afirmou que ligou então para seu filho mais velho, de 18 anos, que atendeu e contou que havia sido ferido no braço. "Mãe, levei um tiro", disse Darnell Rodgers a Mundy.