Um estudante de doutorado que pesquisava assassinatos virou réu na Inglaterra. Stephen Griffiths compareceu nesta sexta-feira (28) ao tribunal, onde é acusado de ter matado três prostitutas no norte do país. O estudante é suspeito de assassinar as mulheres em Bradford, cerca de 320 quilômetros ao norte de Londres.
Griffiths, de 40 anos, estava estudando homicídios ocorridos no século 19 numa universidade local quando foi detido em sua casa, nas proximidades da zona de prostituição.
Parentes de algumas das vítimas limparam as lágrimas enquanto se empurravam para ver Griffiths por meio de uma barreira de vidro na primeira das duas audiências. Griffiths, que usava uma camisa preta e jeans escuros, demonstrou pouca emoção, permanecendo em silêncio, algumas vezes remexendo-se e tocando a própria cabeça.
Griffiths entrou na Universidade de Bradford em 2004 como estudante de doutorado sobre história local. Sua pesquisa se concentrava na comparação de métodos policiais modernos com aqueles de detetives do século 19, segundo o jornal The Times.
A polícia disse que partes do corpo de uma de suas vítimas, Suzanne Blamires, de 36 anos, foram encontradas na terça-feira dentro de um rio nas proximidades. Blamires foi vista pela última vez na sexta-feira. As outras duas mulheres também desapareceram em Bradford: Shelley Armitage, de 31 anos, desapareceu em abril; e Susan Rushworth, de 43 anos, não é vista desde junho do ano passado.
A polícia continua a fazer buscas no apartamento onde Griffiths morava e na cidade à procura dos corpos de Armitage e Rushworth.
O juiz James Goss suspendeu o caso até 7 de junho, informando que a próxima participação de Griffiths no tribunal será feita por videoconferência, da prisão. Griffiths não pediu para sair sob fiança.
O caso foi bastante noticiado pelos jornais britânicos, particularmente porque outro serial killer atuou na mesma área. O caso atraiu comparações com o chamado "Estripador de Yokshire" que matou 13 mulheres nos anos 1970. Peter Sutcliffe, um motorista de caminhão de Bradford, foi condenado à prisão perpétua em 1981 por 13 assassinatos e sete tentativas de assassinato. Três de suas vítimas foram mortas em Bradford.
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