O estudante canadense Josh Alexander e seu advogado, James Kitchen, em entrevista ao jornalista Tucker Carlson, da Fox News| Foto: Reprodução/Fox News
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Um aluno cristão de ensino médio de uma escola católica na província de Ontário, no Canadá, foi preso em fevereiro após defender que “Deus criou apenas dois gêneros” e se opor à utilização de banheiros femininos na instituição por estudantes transgênero.

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Em entrevista ao jornalista Tucker Carlson, da emissora americana Fox News, na última sexta-feira (10), o estudante Josh Alexander, de 16 anos, relatou que organizou um protesto por questões religiosas em novembro e que foi proibido de frequentar a escola pelo restante do ano letivo. Como se recusou a deixar de comparecer à instituição, foi preso no mês passado.

“Alunas reclamaram comigo que estavam preocupadas porque meninos estavam usando os banheiros femininos. Isso se transformou em um debate na escola. Dei minha opinião sobre o assunto e usei as Escrituras para sustentá-la”, disse Alexander.

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“Eles me baniram do prédio pelo restante do ano e, quando tentei assistir às aulas, fui preso e acusado [por invasão de propriedade]”, acrescentou o estudante, que alegou que a direção da escola havia se recusado a ouvir seus argumentos.

O advogado de Alexander, James Kitchen, disse à Fox News que acredita que seu cliente sofreu discriminação religiosa com base nas suas crenças cristãs e informou que uma queixa seria apresentada à Comissão de Direitos Humanos de Ontário.

“Parece haver, cultural e legalmente, cada vez menos respeito pelos direitos e liberdades individuais e cada vez mais interesse em que o governo tenha o poder de fazer o que quiser”, afirmou Kitchen.

Em entrevista à emissora de rádio City News, de Ottawa, Sophie Smith-Dore, mãe de uma das duas estudantes transgênero cuja utilização dos banheiros femininos gerou as manifestações de Alexander, disse que o aluno foi suspenso porque se negou a deixar de “assediar” as estudantes.

“Ele ficou ofendido e perguntou se ela [a filha de Smith-Dore] tinha um apelido para se referir a ela para não ter que chamá-la pelo nome legal [feminino] que ela escolheu”, argumentou. “Ele não é uma vítima. Longe disso. Ele recebeu condições simples, uma delas era se referir à minha filha com o nome legal escolhido por ela. Ele se recusou.”

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Em nota, o Conselho Escolar do Distrito Católico do Condado de Renfrew afirmou que, por motivos de confidencialidade, não poderia falar especificamente sobre o caso de Alexander, mas defendeu de forma indireta a suspensão imposta ao aluno.

“Embora todos os nossos alunos tenham o direito – e sejam encorajados a fazê-lo – de compartilhar suas crenças, isso não pode ser feito às custas dos outros. Ninguém deve se sentir inseguro ou marginalizado. O comportamento de intimidação que cria um espaço inseguro para nossos alunos não é tolerado”, argumentou o conselho.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]