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A agência de inteligência da Noruega (PST, na sigla em norueguês) prendeu um estudante universitário do país por suspeita de espionar para a Rússia e o Irã enquanto trabalhava como guarda na Embaixada dos Estados Unidos em Oslo.
Segundo informações da agência Associated Press, o suspeito, cujo nome não foi divulgado, estuda na Universidade Ártica da Noruega. A Justiça norueguesa estipulou prisão provisória de quatro semanas.
A emissora pública norueguesa NRK informou que o jovem é sócio de um homem de dupla cidadania, norueguesa e de um país não especificado do leste europeu, em uma empresa de segurança.
O mandado de prisão aponta que a polícia da Noruega encontrou registros de conversas do estudante com uma pessoa que aparentemente estaria orientando ações de espionagem. A NRK acrescentou que o jovem admitiu ter coletado e repassado informações para autoridades russas e iranianas.
Em outubro de 2022, um homem identificado como José Assis Giammaria, pesquisador na Universidade Ártica da Noruega, a mesma onde estuda o suspeito detido esta semana, foi preso no país nórdico se passando por brasileiro, acusado de espionagem.
Foi revelado que na verdade ele é o cidadão russo Mikhail Mikushin, libertado numa troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente em agosto deste ano.
Desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, as relações entre Moscou e Oslo estão tensas. A Noruega aderiu às sanções contra a Rússia e em abril de 2023 expulsou 15 diplomatas russos por suspeita de espionagem. A Rússia, por sua vez, colocou a Noruega na sua lista de “países hostis” e expulsou dez diplomatas noruegueses naquele ano.
Os dois países são divididos por uma fronteira de 198 quilômetros. Em setembro, o governo da Noruega anunciou que pretende aumentar a segurança na fronteira, inspirando-se na vizinha Finlândia, que no ano passado fechou totalmente sua fronteira com o país do ditador Vladimir Putin e está construindo grandes cercas na região.
Entre as medidas cogitadas pela Noruega, estão construir uma cerca, aumento do número de funcionários na fronteira e intensificação do monitoramento.