Caracas Universitários de centros educativos públicos e privados caminharam até a sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), no leste de Caracas, ontem para entregar à organização um documento de protesto contra a decisão do governo de não renovar a concessão do canal privado Radio Caracas Televisión (RCTV), opositora do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Na OEA, um grupo de estudantes entregou um documento em que se mostraram à favor do canal privado e disseram que a não renovação da licença é uma violação da liberdade de expressão.
O documento solicitava a garantia do direito do protesto pacífico, proteção e segurança para os estudantes e pede ao ministro da Justiça, Pedro Carrenõ, que corrija o uso da Policía Metropolitana (PM) contra os cidadãos.
Milhares de estudantes se manifestaram em Caracas a favor e contra a decisão do governo de não renovar a concessão da RCTV.
Os opositores de Chávez gritavam "liberdade!" enquanto seus partidários afirmavam que estavam nas ruas para rechaçar tentativas da oposição de provocar distúrbios. As manifestações ocorreram em várias universidades de Caracas e do interior, somadas àquelas de estudantes do ensino médio, tudo em meio a uma forte mobilização policial.
Com bandeiras, cartazes e gritando "liberdade" e "povo maduro, isto é uma ditadura", os estudantes protestaram acompanhados de artistas e jornalistas de canais privados, aliados à oposição.
"Deve-se protestar de maneira contundente, mas com responsabilidade, estamos protestando em defesa de uma verdadeira democratização dos meios de comunicação, deve haver pluralidade na mídia porque se não, não há democracia", afirmou o dirigente da Universidade Central da Venezuela, Carlos Rojas.
-
Fã de ditadores e crítico da Otan: quem é o líder da esquerda radical da França
-
Lira acelera regulamentação da reforma tributária de olho em capital político
-
Moraes retira sigilo do caso das joias e dá 15 dias para análise da PGR
-
Em carta ao Congresso, Biden alfineta imprensa e diz que não desistirá da reeleição