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Milhares de estudantes retomaram ontem os protestos contra as políticas do sistema educacional do Chile e marcharam para pressionar o governo de Sebastián Piñera a fornecer um ensino público, gratuito e de qualidade. As manifestações começaram de forma pacífica, mas posteriormente houve confronto com a polícia.

Universitários e estudantes do ensino médio entregaram na segunda-feira uma contraproposta ao cronograma apresentado pelo governo na semana passada.

"Estamos em estado de alerta para a resposta que o governo nos der. Mas queremos ressaltar que o movimento segue vivo, que se mantém, que não perdeu a unidade", disse Camila Vallejo, principal porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile. Ela afirmou que as manifestações são um "mecanismo de pressão" para que o Executivo "escute" as propostas e "não traia" os estudantes como ocorreu em 2006.

"O objetivo principal do movimento é terminar com a política de lucros na educação, promover reformas necessárias para que o Estado se responsabilize pelo sistema educacional como um todo, e não somente do público, e também da regulamentação do mercado de educação", detalhou.

De acordo com a polícia chilena, eram entre 6 mil e 10 mil estudantes em Santiago. Os organizadores da marcha, porém, afirmaram que estavam presentes 20 mil manifestantes. Muitos deles, porém, levavam cartazes pedindo que mais pessoas aderissem ao movimento.

Os protestos ocorrem em um momento em que Piñera enfrenta queda de popularidade.

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