Famílias, estudantes e trabalhadores do setor privado da França participavam dos protestos liderados por sindicatos neste sábado (2) no país, para pressionar o governo a não dar continuidade às reformas previdenciárias.
A oposição ao plano do presidente Nicolas Sarkozy de elevar a idade da aposentadoria de 60 para 62 anos não mostra sinais de arrefecimento e centenas de milhares de pessoas tomavam as ruas neste sábado na quarta onda de manifestações nos últimos meses.
Sindicatos disseram que cerca de 2,9 milhões de pessoas participavam do protesto, enquanto a política estimou o número em 899 mil. O dado do sindicato é similar ao da manifestação anterior, em 23 de setembro, e o da polícia é ligeiramente menor.
Cerca de 230 protestos ocorriam no país, com ampla participação de famílias, que não costumam participar de manifestações em dias de semana, e estudantes, que temem sobre o futuro, quando se aposentarão.
Até agora, os protestos têm sido feito principalmente por trabalhadores do setor público, mas funcionários do setor privado, como da fabricante de aeronaves Airbus e da Air France-KLM, foram às ruas neste sábado.
"Somos muitos mais hoje que durante a semana", disse Xavier Petrachi, delegado do sindicato CGT em Toulouse. "Hoje tem um clima bem família... A França está protestado."
A proposta de lei de aumento da idade da aposentadoria - tida como injusta pelos sindicados mas classificada como essencial por Sarkozy - será debatida no Senado em 5 de outubro.