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Estudantes venezuelanos estiveram no Congresso nesta quarta-feira (7) para pedir apoio do Brasil contra a repressão aos protestos na Venezuela e pedir que o país não venda armas ao governo de Nicolás Maduro.

Eles participaram de sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal e receberam apoio de deputados da oposição, que discutiram a votação de uma moção de repúdio a essa repressão. No mês passado, a deputada cassada da VenezuelaMaría Corina Machado também esteve no Congresso para falar sobre a situação dos protestos no país.

Os três estudantes discursaram na comissão e classificaram o atual governo da Venezuela de uma "ditadura".

"Ao Brasil pedimos por favor que impeça a empresa que está vendendo armas de repressão, feitas no Brasil. Estamos seguros de que o povo brasileiro não está de acordo com a repressão, estas armas mataram pessoas [na Venezuela]", afirmou o estudante Gabriel Lugo, 23 anos.

"Somos irmãos e a irmãos não se viram as costas. O que vocês sofreram [com a ditadura militar], hoje sofremos nós", disse Eusébio Costa, 22 anos.

Eles entregaram um relatório à comissão, que inclui uma foto de uma bomba de gás na qual está escrito, em espanhol: "Feito no Brasil". Segundo eles, esses artefatos produzidos no Brasil têm sido usados para reprimir os protestos. Também apresentaram dados, que apontam que já houve 44 mortos nos protestos, 600 detidos e 60 casos de tortura.

Pela manhã, os estudantes foram recebidos pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e foram convidados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para irem ao plenário do Senado.

Segundo o outro estudante, Vicente d'Arago, 19 anos, eles pedirão à Embaixada Brasileira na Venezuela que os acompanhem quando voltarem ao país, no sábado (10), por medo de sofrerem represálias.

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