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O número de estudantes que afirmam que sofreram abusos sexuais de padres jesuítas em escolas na Alemanha subiu para 115, disse uma advogada nesta quinta-feira. Ursula Raue, indicada pela ordem para cuidar das acusações, disse que desde que sete alunos da escola particular católica Canisius Kolleg, em Berlim, relataram os abusos em janeiro, as acusações "tomaram uma dimensão de proporções previamente inacreditáveis", segundo a agência de notícias DAPD.

Raue disse aos jornalistas que a vítimas identificaram 12 padres jesuítas pelo nome e em alguns casos também acusaram mulheres. Ela também disse que houve relatos de estupros.

As acusações de abusos sexuais são as mais amplas envolvendo padres católicos na Alemanha, a terra natal do papa Bento XVI. A maioria dos casos aconteceu nas décadas de 1970 e 1980 e alguns são dos anos 1950. Embora poucos casos tenham envolvido violência, Raue disse que as vítimas ainda têm cicatrizes. "Essas são feridas que nunca se curam", disse ela.

A advogada disse que alguns dos casos eram conhecidos por outros professores e pela ordem, mas os padres acusados foram simplesmente transferidos para outra escola.

"Ao revisar os arquivos, eu não descobri qualquer indicação de preocupação com o bem-estar das crianças", disse Raue, acusando os padres de cuidarem melhor uns dos outros do que das crianças confiadas aos seus cuidados.

Muitas das vítimas ficaram aliviadas por finalmente contarem suas histórias, mas outras buscam uma indenização ou um pedido de desculpas, disse ela.

Ela também pediu aos jesuítas que indiquem um ombudsman para alunos que estudam nas escolas envolvidas e que treinem os professores a ficarem alertas a sinais de abuso sexual contra crianças.

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