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Milhares de manifestantes voltaram às ruas de Quebec na noite de quinta-feira, desafiando uma nova lei que regulamenta a realização de protestos e apesar da detenção de cerca de 1.000 manifestantes nesta semana.

A ação ocorreu depois de o governo de Quebec ter convidado um grupo de estudantes para negociações, numa tentativa de encerrar os mais de três meses de protestos por causa da proposta de elevação do valor cobrado pelas universidades.

Em Montreal, milhares de moradores foram para as ruas às 20h de quinta-feira (21h em Brasília), batendo panelas e gritando contra a lei 78, medida aprovada na semana passada que exige que ativistas notifiquem a polícia antes da realização de manifestações.

Os estudantes receberam o apoio de aposentados e de famílias com filhos e todos fizeram uma passeata numa atmosfera festiva.

Pelo menos três marchas diferentes foram realizadas, apesar dos apelos do prefeito de Montreal para que os moradores ficassem em casa e batessem panelas em suas sacadas.

Uma manifestação parecida foi realizada na cidade de Quebec e reuniu cerca de 500 pessoas. A polícia declarou os protestos ilegais, como já havia feito em ocasiões anteriores, mas disse que só tentaria dispersar as aglomerações se houvesse violência.

Na quinta-feira, o governo da província havia convidado grupos de estudantes para uma nova rodada de conversações, que poderiam ser realizadas já no início da próxima semana, segundo o presidente de um dos grupos estudantis.

Os protestos, alguns dos quais violentos, têm acontecido há mais de três meses contra o projeto do primeiro-ministro de Quebec, Jean Charest, de aumentar a taxa anual das universidades de Quebec em 82%, com elevações graduais durante cinco anos. As informações são da Dow Jones.

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