As moscas da fruta (Drosophila suboscura) são a prova genética do aquecimento global do planeta, já que adaptam seus genes às mudanças climáticas, segundo um estudo realizado por três pesquisadores espanhóis da Universidade de Barcelona, em colaboração com um americano, publicado nesta sexta-feira pela revista científica "Science".

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A pesquisa, pioneira em relacionar as alterações de genótipo com a mudança climática, comparou a evolução das temperaturas com a de um indicador genético capaz de demonstrar as alterações dos cromossomos em cada latitude. Assim, o estudo verificou que em 24 das 26 espécies de moscas analisadas (procedentes da Europa, Estados Unidos e América do Sul) os genes mostram uma mudança perfeitamente compatível com o aumento das temperaturas nos diversos continentes.

Os resultados da pesquisa, que começou em 1999, representam um "sinal de alarme", segundo Joan Balanya, professor da Universidade de Barcelona, porque provam que "os ecossistemas estão mudando de forma muito mais rápida do que acreditamos". Segundo os especialistas, os ritmos elevados de tais mudanças podem ser superados por seres com vida breve, como as moscas, mas não pelos mamíferos, que não poderão se adaptar em tão pouco tempo às alterações climáticas. Entre esses mamíferos estão também os seres humanos, que se não conseguirem se adaptar naturalmente às repentinas modificações deverão recorrer à ajuda da tecnologia.

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