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Vacina contra Covid-19 BioNtech e da Pfizer induziu uma resposta imune "robusta" e não provocou efeitos colaterais graves em adultos saudáveis
A natureza da reação adversa e quando ela aconteceu ainda não é conhecida, embora o participante deva se recuperar.| Foto: Bigstock

Um dos voluntários no Reino Unido que experimentou a vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford apresentou "efeito adverso grave", segundo o site especializado em saúde STAT.

Isto fez interromper um grande estudo de fase 3 nos Estados Unidos que está sendo desenvolvido pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

A vacina de Oxford também está sendo testada também no Brasil em cerca de 5 mil voluntários. Os estudo brasileiros estão sendo coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). E o Ministério da Saúde do Brasil firmou parceria com a Oxford/AstraZeneca em conjunto com a Fiocruz para a imunização da população utilizando essa vacina.

Um porta-voz da AstraZeneca, uma das principais candidatas na corrida pela vacina Covid-19, disse em um comunicado que o “processo de revisão padrão da empresa acionou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”.

A natureza da reação adversa e quando ela aconteceu ainda não é conhecida, embora o participante deva se recuperar, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto consultada pela STAT.

O porta-voz descreveu a pausa como “uma ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos testes, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que aguarda mais informações da AstraZeneca para se pronunciar oficialmente sobre a interrupção dos estudos. A decisão do laboratório britânico ocorre no dia em que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que em "janeiro a gente começa a vacinar todo mundo".

Os estudos envolvem diversos países e, segundo integrante do governo ouvido pelo Estadão, serão interrompidos também no Brasil. O governo federal abriu crédito de cerca de R$ 2 bilhões para a Fiocruz receber, processar, distribuir e passar a fabricar sozinha a vacina.

De acordo com fonte da Anvisa, o laboratório apenas enviou um comunicado à agência sobre a interrupção, sem detalhar que tipo de efeito colateral foi notado em participante do estudo, por exemplo, que levou a travar os trabalhos. Técnicos da Anvisa, agora, buscam mais informações da AstraZeneca.

"A decisão de interromper os estudos foi do laboratório, que comunicou os países participantes. A Anvisa já recebeu a mensagem e vai aguardar o envio de mais informações para se pronunciar oficialmente", disse a Anvisa em nota.

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