A taxa de mortalidade entre pacientes hospitalizados por ataques cardíacos diminuiu significativamente devido a melhores tratamentos, segundo um estudo publicado hoje na Revista da Associação Médica dos EUA (JAMA, na sigla em inglês).
Descrito como o maior estudo do tipo, a pesquisa acompanhou cerca de 45.000 pacientes durante seis anos em 14 países, inclusive o Brasil, além de EUA, Argentina, França, Espanha e Reino Unido.
A pesquisa, liderado pelos cardiologistas Keith Fox, da Universidade de Edingburgh, e Joel Gore, da Universidade do Centro Médico de Massachusetts, afirmou que a queda nas mortes reflete a melhora nas práticas praticadas pelos EUA e pela Europa.
"É muito mais drástica do que esperávamos, durante um período de seis anos", disse Fox sobre o estudo.
Segundo as investigações, o índice de mortalidade dos pacientes hospitalizados por ataques cardíacos baixou de 8,4% em 1999 para 4,6% em 2005.
Só 11% dos pacientes sofreram paradas cardíacas em 2005, uma queda de quase 20% em comparação com 1999, segundo o estudo.
Os pesquisadores também observaram melhores resultados em pacientes afetados por bloqueios parciais das artérias, o que tende a diminuir a gravidade dos ataques cardíacos.
Após o estudo, os pacientes receberam acompanhamento durante mais seis meses depois.
Entre os tratamentos melhores que contribuiriam para a diminuição de mortes, estão o uso de aspirinas, fármacos anticoagulantes e remédios para reduzir o nível de colesterol no sangue e relaxar as artérias.
Também se tornou comum a prática da angioplastia para desbloquear as artérias, segundo a pesquisa. O estudo foi financiado pela Sanofi-Aventis, fabricante de uma série de remédios para tratar pressão alta.
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