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Diplomacia

Estudo nos EUA eleva o Brasil a potência global

Nova York - Os EUA devem apoiar a inclusão do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU, eliminar a tarifa à importação do etanol brasileiro, suspender a obrigatoriedade do visto e tratar o país como uma potência global, e não apenas regional.

A avaliação é de um amplo estudo com o título "EUA Devem Desenvolver uma Parceria Madu­­ra e Forte com o Brasil", realizado por uma força-tarefa de 30 especialistas americanos em diferentes áreas reunidos pelo Council on Foreign Relations (CFR), um dos mais importantes centros de estudos de política externa do mundo, com base em Nova York.

Conhecido pela enorme influência tanto no Departamento de Estado como na Casa Branca, o CFR busca, através desse estudo, fortalecer a importância do Brasil dentro do governo americano. Contendo algumas críticas tanto ao presidente Barack Obama como à secretária de Estado, Hil­­lary Clinton, o estudo teve a participação de figuras ligadas aos Par­­tidos Republicano e Demo­­crata.

"A força-tarefa recomenda que a administração Obama apoie o Brasil como membro do Conselho de Segurança. Acreditamos que o Brasil, com esta cadeira, teria uma maior responsabilidade diante dos principais temas internacionais", afirma o estudo divulgado ontem pelo CFR. Ao visitar o Brasil em março passado, o presidente norte-americano não apoiou a ini­­ciativa brasileira, apesar de ter da­­do esse apoio, meses antes, à Ín­­dia, que também ambiciona in­­te­­grar o órgão máximo da ONU.

Segundo o estudo, "um apoio formal dos Estados Unidos ao Bra­­sil reduziria a suspeita dentro do governo brasileiro de que o compromisso norte-americano de uma relação madura e entre iguais não passa de retórica". "Há pouco a perder e muito a ganhar com um apoio ao Brasil no CS neste mo­­mento", diz o texto.

Abstenções

No estudo, a força-tarefa em­­penha-se até mesmo em justificar o histórico de abstenções do Brasil nas votações da ONU – ou mesmo posições contrárias aos EUA, como nas resoluções que propunham sanções ao Irã, em 2010, ou que aprovavam a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, há alguns meses. "Os brasileiros usam a abstenção como forma de expressar frustração diante da comunidade internacional ao cen­­­­surar o Irã, mas não a Arábia Saudita", diz o texto.

Para o CFR, o Departamento de Estado deveria criar um escritório "apenas para assuntos brasileiros". Atualmente, o país está in­­cluído na Subsecretária do He­­mis­­fério Ocidental, que inclui a Amé­­rica Latina e o Canadá.

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