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Saúde

Estudo sugere que militares levaram cólera para o Haiti

Nova York - Um artigo científico, elaborado por pesquisadores dos EUA, revelou que militares das Na­­ções Unidas iniciaram involuntariamente a epidemia de cólera que matou mais de 5.500 pessoas no Haiti no ano passado.

O documento, elaborado por médicos e epidemiologistas, foi publicado em um jornal científico do Centro de Controle e Pre­­venção de Doenças dos Estados Unidos.

O artigo diz que há uma "correlação exata" de tempo e lugar entre a chegada à região de Artibonite, no centro do Haiti, de um batalhão de militares nepaleses.

Eles teriam vindo de uma área no Nepal onde já havia uma epidemia de cólera. Os primeiros casos no Haiti foram registrados logo após a chegada dos militares.

O documento diz que a epidemia começou com a contaminação de um afluente do rio Ar­­tibonite, próximo à base do Ne­­pal.

Não é a primeira vez que um relatório tenta ligar a epidemia aos militares da ONU. No ano passado, estudo do epidemiologista francês Renaud Piarroux concluiu que o "foco provável" da doença seria o batalhão da ONU.

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