O atirador norueguês anti-islâmico que matou 77 pessoas disse em seu julgamento nesta terça-feira (17) que o ataque com bomba e o tiroteio que promoveu foram "sofisticados e espetaculares" e que faria a mesma coisa novamente. Anders Behring Breivik, 33 anos, declarou-se inocente e disse que estava defendendo seu país ao explodir um carro-bomba que matou oito pessoas na sede do governo em Oslo em julho, e depois matar mais 69 pessoas em um tiroteio num acampamento de verão para jovens organizado pelo Partido Trabalhista. "Eu realizei o ataque político mais sofisticado e espetacular cometido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", Breivik disse ao tribunal em uma declaração preparada. "Eles (os noruegueses) correm o risco de ser uma minoria em sua própria capital, em seu próprio país, no futuro." "Sim, eu teria feito de novo, porque crimes contra o meu povo ... são muito piores", disse, ao depor pela primeira vez. Embora ele tenha admitido os crimes e provavelmente será mantido atrás das grades para o resto da vida, o principal objetivo de Breivik é provar que é são, um julgamento do tribunal que ele vê como forma de justificar sua causa antimuçulmana e anti-imigração. Breivik, que abandonou o colégio, disse que ser rotulado como louco seria um "destino pior que a morte". Pena máxima
Se for considerado culpado e sadio, o réu enfrenta uma pena máxima de 21 anos, mas poderia ficar detido por tempo indeterminado se for considerado um perigo contínuo. Caso seja declarado insano, ele seria mantido em uma instituição psiquiátrica indefinidamente com revisões periódicas. O segundo dia de julgamento começou polêmico depois que o tribunal dispensou um jurado por ele ter postado um comentário em uma página do Facebook após o massacre, afirmando que o atirador deveria receber a pena de morte. Dois juízes profissionais, assim como três jurados da sociedade civil, presidem o tribunal. O jurado, que será substituído, postou: "A pena de morte é o único resultado justo para este caso" no Facebook. A Noruega não tem pena de morte. O julgamento está previsto para durar 10 semanas.
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