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Washington – Os Estados Unidos acreditam ter os votos no Conselho de Segurança da ONU para impor sanções contra o programa de mísseis da Coréia do Norte, segundo uma autoridade norte-americana. "Achamos que temos os votos para aprovar", disse Nicolas Burns, subsecretário de Estado dos EUA, à emissora de tevê NBC. A Rússia e a China, que têm poder de veto no Conselho, são contra a proposta feita pelo Japão. Elas podem abster-se, permitindo a aprovação, mas até agora não anunciaram suas intenções.

A votação pode ocorrer hoje. A China sugeriu um encontro informal dos seis países que debatem o programa nuclear de Pyongyang para iniciar os esforços de convencer a Coréia do Norte a desistir de seu programa de armas nucleares. A proposta tem apoio dos EUA.

Burns informou que a China está mandando uma delegação de alto nível a Pyongyang. "É hora de a China exercer a influência que tem sobre a Coréia do Norte." O subsecretário comentou que os EUA não têm garantias de que a China não usará seu poder de veto. "Acho que ainda não ouvimos a última palavra da China. Não tenho certeza de que os chineses decidiram exatamente o que vão fazer. Pode depender do que vão ouvir em Pyongyang da liderança norte-coreana."

A crise surgiu depois que Coréia do Norte lançou sete mísseis em um teste na semana passada, apesar da pressão internacional contra medidas deste tipo. A resolução da ONU, que tem apoio dos EUA, da Grã-Bretanha e da França, diz que nenhum país pode adquirir mísseis ou "itens relacionados, bens e tecnologia", da Coréia do Norte, nem transferir recursos financeiros para o perigoso programa de armas do país comunista isolado. "Temos que encontrar os meios para evitar que a Coréia do Norte tenha recursos financeiros para comprar tecnologia de mísseis, ou tecnologia nuclear", disse o enviado dos EUA, Christopher Hill, em Seul. "Queremos realmente garantir que não deixaremos a Coréia do Norte receber tecnologia, nem negociar estes componentes."

O Japão, por sua vez, exortou ontem a comunidade internacional a "não capitular" diante da oposição da China a um projeto de resolução da ONU. "Se capitularmos diante de apenas uma potência que dispõe de direito de veto (no Conselho de Segurança da ONU), mandaremos uma má mensagem à comunidade internacional", declarou o ministro japonês das Relações Exteriores, Taro Aso.

O líder da Coréia do Norte, Kim Jong-il, disse que seu país não vai entrar em negociações com os EUA e que Pyongyang está pronta a responder a qualquer ataque com força, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

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