
Investigação
Companhia que produz série South Park poderia ser alvo
Agência Estado
A Polícia de Nova Iorque estuda as possibilidades de que a tentativa de atentado com carro-bomba em Times Square no sábado poderia ter como alvo a Viacom, companhia que produz a série animada South Park.
Segundo o chefe da Polícia da cidade, Raymond Nelly, a sede da Viacom fica perto do local onde o veículo carregado de explosivos foi colocado.
O policial disse que todas as hipóteses estão sendo consideradas para investigar o caso, no qual não houve vítimas após a bomba ser desativada.
Em abril, os criadores de South Park receberam ameaças por meio do site "Revolução Muçulmana" depois de transmitir um episódio no qual o profeta Maomé aparece fantasiado de urso.
"Temos que advertir Matt Stone e Trey Parker de que estão fazendo algo estúpido e que provavelmente terminarão como Theo Van Gogh", informava o portal. O último nome citado na mensagem foi assassinado por um militante islâmico em 2004.
"Isso não é uma ameaça. É só uma advertência do que provavelmente pode acontecer", dizia o site, ilustrando o "aviso" com uma fotografia do cineasta holandês. Van Gogh foi morto após produzir um filme sobre a violência contra as mulheres no mundo muçulmano.
As investigações sobre a tentativa de explosão no sábado de um carro-bomba na Times Square, centro turístico de Nova Iorque, cada vez mais apontam para uma ação coordenada com grupos estrangeiros, segundo relatos de funcionários do governo dos Estados Unidos à mídia.
Segundo o "Washington Post, agentes de inteligência veem crescentes indícios de elos com grupos internacionais. Nenhum grupo foi citado como suspeito e investigadores alertaram contra conclusões precipitadas sobre a participação de redes como a Al Qaeda.
O braço paquistanês do grupo radical islâmico Taleban divulgou vídeo reivindicando a autoria de um ataque em Nova Iorque, mas sua legitimidade não foi confirmada e não se sabe se a ação mencionada seria a tentativa frustrada de anteontem. Outras possibilidades sob investigação são as de que a ação tenha sido obra de uma pessoa agindo sozinha ou de grupos domésticos antigoverno.
A Casa Branca elevou ontem o tom sobre a ameaça, classificando-a de terrorismo pela primeira vez. "Os responsáveis podem ser chamados de terroristas, sim", afirmou o porta-voz da Presidência, Robert Gibbs.
O carro-bomba era um Nissan Pathfinder que foi deixado ligado por volta das 18h30 de sábado na esquina da rua 45 com a Broadway.
A Times Square foi evacuada depois que o veículo estacionado ilegalmente exalou fumaça.
Um vendedor ambulante chamou a polícia e uma equipe antibombas identificou gasolina, propano e pólvora no carro, cuja placa estava registrada para outro veículo.
Fogos de artifício estavam presos aos galões de gasolina, e dois relógios a bateria estavam conectados ao artefato. Havia ainda fertilizante.
Pistas
A polícia nova-iorquina e o FBI seguiam ontem analisando centenas de horas de gravações de câmeras da região da Times Square por volta do horário em que o carro foi descoberto.
Eles tentam identificar um homem branco de aproximadamente 40 anos que foi flagrado em um vídeo tirando um casaco e revelando outro por baixo sugerindo tentativa de dificultar sua identificação ao sair da área do incidente.
Imagens de um homem correndo pela avenida Broadway no momento em que o carro pegava fogo também estão sendo analisadas.
A polícia interrogou o dono do veículo, mas disse que ele não é um suspeito. O carro foi vendido em Connecticut a um homem de cerca de 30 anos por meio do site de anúncios Craigslist três semanas atrás por US$ 1.800 em dinheiro, segundo a rede de tevê CNN.
Autoridades afirmam que o artefato explosivo encontrado no carro era amador.
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