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Terrorismo

EUA acusam iraniano de tentar assassinar ex-conselheiro de Trump

John Bolton em 2019
John Bolton em agosto de 2019, quando era assessor de segurança da Casa Branca, visitando a Venezuela. (Foto: EFE / Paolo Aguilar)

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Os Estados Unidos apresentaram acusações contra um membro da Guarda Revolucionária do Irã por planejar o assassinato de John Bolton, que foi conselheiro de Segurança Nacional durante o período de Donald Trump na presidência americana.

De acordo com a acusação do Departamento de Justiça, divulgada nesta quarta-feira, Shahram Poursafi, também conhecido como Mehdi Rezayi, supostamente tentou assassinar Bolton como retaliação pela morte de Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária, em uma operação dos EUA em janeiro de 2020.

Poursafi, de 45 anos e natural de Teerã, foi acusado em um tribunal de Washington de conspiração para assassinato por planejar, no final de 2021, o pagamento de US$ 300 mil para que matadores de aluguel assassinassem Bolton na região metropolitana da capital dos EUA.

Em redes sociais, o ex-conselheiro de Trump agradeceu ao Departamento de Justiça por iniciar procedimentos criminais, ao FBI por rastrear o plano de assassinato e ao Serviço Secreto por lhe dar proteção.

"Os líderes iranianos são mentirosos, terroristas e inimigos dos Estados Unidos. (...) Eles são uma ameaça global crescente", disse Bolton.

Por sua vez, o atual conselheiro de Segurança Nacional no governo do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, disse em comunicado que a Casa Branca "não cederá na hora de proteger todos os americanos da violência e do terrorismo".

"Se o Irã atacar qualquer um dos nossos cidadãos, inclusive aqueles que trabalham ou trabalharam como funcionários públicos, eles sofrerão sérias consequências", advertiu.

De acordo com o Departamento de Justiça, o membro da Guarda Revolucionária manteve contatos entre outubro de 2021 e abril de 2022 com assassinos contratados nos Estados Unidos para monitorar os passos de Bolton e executar a morte.

Nessas comunicações, Poursafi revelou a pressão de sua cadeia de comando para realizar o crime o mais rápido possível e prometeu ter uma segunda missão, sobre a qual não foram dados detalhes.

Ele também lamentou que o assassinato não tenha sido realizado em 3 de janeiro, o segundo aniversário do assassinato de Soleimani em um ataque com drone ordenado por Trump no aeroporto de Bagdá.

Na última troca de mensagens registradas pelo FBI, um dos assassinos contratados reclamou da falta de pagamento, e Poursafi respondeu enviando US$ 100 em criptomoedas.

Se condenado, o membro da Guarda Revolucionária poderá receber pena de até 25 anos de prisão pelo plano de assassinato.

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