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guerra na líbia

EUA acusam Líbia de dar Viagra a tropas e estimular estupros

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU disse na quinta-feira ao Conselho de Segurança que as tropas leais ao líder líbio Muamar Kadafi estão cada vez mais recorrendo à violência sexual, e que alguns soldados têm recebido doses de Viagra, medicamento contra a impotência, segundo diplomatas.

Vários diplomatas da ONU que participaram de uma sessão a portas fechadas do Conselho relataram à Reuters que a embaixadora Susan Rice citou a questão do Viagra no contexto do agravamento dos casos de violência sexual por parte dos soldados do regime líbio.

"Rice abordou isso na reunião, mas ninguém respondeu", disse um diplomata, sob anonimato. A acusação havia surgido inicialmente em um jornal britânico.

O medicamento Viagra, do laboratório Pfizer, é usado contra a impotência sexual masculina.

Se for verdade que os soldados de Kadafi estão recebendo Viagra, disseram diplomatas, isso indicaria que eles estão sendo estimulados por seus comandantes a estuprar mulheres para aterrorizar a população em áreas que apoiam os rebeldes.

O uso do estupro como arma de guerra tem recebido crescente atenção da ONU. No ano passado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou uma relatora especial para questões de violência sexual durante conflitos armados, Margot Wallstrom.

Neste mês, Wallstrom criticou o Conselho de Segurança por não ter mencionado a violência sexual durante duas recentes resoluções relacionadas à Líbia, apesar de o Conselho ter prometido priorizar esse assunto.

Wallstrom disse na ocasião que relatos sobre estudos na Líbia não haviam sido confirmados, mas citou o caso amplamente divulgado de Eman al Obaidi, uma mulher que no mês passado foi a um hotel frequentado por jornalistas em Trípoli e disse que havia sido estuprada por milicianos leais ao governo.

O Tribunal Penal Internacional já está investigando se o regime de Gaddafi cometeu crimes de guerra na sua violenta repressão a manifestantes que exigiam mais liberdade.

A delegação dos EUA junto à ONU não quis comentar o assunto.

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