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A Venezuela fracassou na cooperação com os Estados Unidos no combate ao narcotráfico, e a Bolívia obteve avanços, embora ainda possa melhorar, afirmou na segunda-feira um relatório do Departamento de Estado norte-americano.

O documento identificou o Brasil, junto com Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela como países produtores de drogas ilícitas na América Latina ou que servem de trânsito para os entorpecentes chegarem aos EUA ou à Europa.

De todos esses países, só a Venezuela foi citada como nação que não está se empenhando o suficiente para combater as drogas ilícitas na região.

"O presidente reportou ao Congresso sua determinação de que Birmânia e Venezuela 'falharam manifestadamente' nos últimos 12 meses em cumprir com suas obrigações segundo os acordos internacionais antinarcóticos e em adotar as medidas indicadas na lei norte-americana", afirmou a Casa Branca em uma nota, usando o antigo nome de Mianmar.

Apesar disso, os EUA continuarão mantendo programas para ajudar as "instituições democráticas" na Venezuela, acrescentou a nota.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, declara-se contra as políticas do governo do presidente George W. Bush, e rejeita os questionamentos ao combate ao tráfico feito por seu país.

A Bolívia, terceiro maior produtor mundial de cocaína, recebeu a certificação de estar cumprindo suas obrigações no combate às drogas, já que erradicou 5.600 hectares de plantações de coca nos últimos 12 meses.

Mesmo assim, os EUA continuaram manifestando preocupação com a expansão das plantações no país. A cultura de coca é defendida pelo presidente Evo Morales, ex-cocaleiro, como uma tradição boliviana.

"A Bolívia deveria reformar sua política nacional antidrogas para tornar prioridade a redução e a eventual eliminação do excesso de plantações de coca", afirmou a Casa Branca. O governo boliviano, através do ministro Alfredo Rada, classificou o relatório norte-americano de "colonialista e unilateral".

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