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EUA adotam novo sistema computadorizado para controle de tráfego aéreo

WASHINGTON (Reuters) - A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) migrou grande parte do controle de tráfego aéreo para um novo sistema computadorizado avançado projetado para reduzir atrasos de voos e melhorar a eficiência de combustível das aeronaves, disseram autoridades nesta quinta-feira.

O chefe da FAA, Michael Huerta, afirmou a repórteres que o sistema por satélite En Route Automation Modernization (ERAM) de 2,5 bilhões de dólares substituiu totalmente os radares de rastreamento de gerações antigas. O novo sistema foi instalado há um mês em 20 centros de controle de tráfego aéreo operados pela FAA nos Estados Unidos continental.

O ERAM é a parte principal de um esforço para reformar os sistemas de aviação com tecnologia de última geração. Isso ajudaria o sistema de aviação do país a lidar com um aumento esperado de 50 por cento no número de passageiros de transportes aéreos nas próximas duas décadas ao permitir que controladores acompanhem mais voos sobre áreas maiores.

Autoridades disseram que o novo sistema, implementado após cerca de cinco anos de atrasos e 350 milhões de dólares em custos adicionais, deverá reduzir os atrasos dos voos e aumentar a eficiência do combustível ao acelerar partidas e definir correções de rumo e velocidade mais precisas enquanto as aeronaves estão se movimentando entre portões.

O ERAM pode acompanhar quase o dobro dos voos em altitude elevada do que o sistema antecessor e processar três vezes mais a quantidade de dados, afirmou a FAA.

Autoridades da FAA ainda não divulgaram dados sobre o desempenho do ERAM até agora, mas afirmaram que o sistema tem cumprido as normas rigorosas de segurança, desempenho e confiabilidade em cada um dos 20 centros de controle de tráfego aéreo.

O sistema não foi implementado no Havaí, Alasca, Guam e Porto Rico.

Os republicanos no Congresso querem que a revisão do setor de aviação do país inclua a privatização do sistema de controle de tráfego aéreo, mas o secretário do Tesouro, Anthony Foxx, expressou cautela.

“Estaremos abertos a pensar em diferentes estruturas. Mas o ponto central tem que partir do reconhecimento de que temos o sistema mais seguro do mundo e não queremos fazer nada que comprometa isso”, afirmou Foxx, que apareceu ao lado de Huerta numa entrevista coletiva.

(Reportagem de David Morgan)

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