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Os Estados Unidos se oporão a "qualquer operação israelense" em Rafah que não atenda às "preocupações humanitárias" na região, que, segundo informações, serve de refúgio neste momento para mais de 1,4 milhão de habitantes da Faixa de Gaza, que tiveram que deixar suas casas durante a ofensiva israelense contra o grupo terrorista Hamas.
Os EUA dizem que ainda não viram um "plano confiável" de Israel que aborde as preocupações do governo de Joe Biden sobre uma possível ofensiva em Rafah, segundo o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (30)
"Qualquer tipo de operação que não atenda a essas preocupações não tem cabimento para nós", declarou Patel, que não quis entrar em detalhes sobre quais medidas específicas os EUA esperam que Israel tome para proteger os civis.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou nesta terça sua intenção de realizar uma campanha militar em Rafah, independentemente de um acordo de trégua com o Hamas.
"Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas lá, com ou sem acordo", disse Netanyahu durante reunião com parentes de vítimas de sequestro e vítimas do ataque que o grupo terrorista palestino cometeu em Israel no dia 7 de outubro de 2023, dando início à guerra.
As declarações foram dadas no momento em que o Hamas estuda a mais recente proposta de trégua dos mediadores no Cairo, que fala em um cessar-fogo de 40 dias e a libertação de milhares de prisioneiros palestinos em troca de reféns que estão em Gaza, segundo a imprensa israelense.
Perguntado se teme que as declarações de Netanyahu possam prejudicar as negociações, o porta-voz do Departamento de Estado disse que "não entrará em cenários hipotéticos" e que os EUA continuam "comprometidos em chegar a um acordo de cessar-fogo".