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Os Estados Unidos insistiram nesta terça-feira (16) que voltarão a impor sanções à Venezuela se os Acordos de Barbados para eleições livres não forem cumpridos e advertiram que o país sul-americano deve ficar "atento" em relação à decisão que o governo do presidente Joe Biden tomará nesta semana.
O alívio das sanções sobre o petróleo e o gás venezuelanos que Washington aprovou em outubro do ano passado para incentivar o ditador venezuelano, Nicolas Maduro, a cumprir os acordos firmados com a oposição expira na próxima quinta-feira (18).
"Estamos a dois dias de 18 de abril. Deixamos bem claro que, se Maduro e seus representantes não implementarem totalmente os Acordos de Barbados, voltaremos a impor sanções. O que eu diria é: fiquem atentos", declarou em entrevista coletiva o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Ele enfatizou que alguns aspectos dos acordos foram cumpridos, como o estabelecimento de um calendário eleitoral e o convite de missões internacionais de observação, mas, ao mesmo tempo, "os candidatos da oposição foram bloqueados".
O porta-voz, que não quis entrar em detalhes sobre a reunião da semana passada entre autoridades americanas e venezuelanas na Cidade do México, disse que o governo americano deixou "muito claro diretamente para Maduro e seus representantes" que espera o cumprimento dos Acordos de Barbados.
Uma das condições de Washington para não reimpor as sanções era que todos os candidatos da oposição tivessem permissão para concorrer, mas a principal candidata opositora, María Corina Machado, continua inelegível para as eleições de 28 de julho.
As autoridades eleitorais também se recusaram a permitir que sua substituta, Corina Yoris, se registrasse, o que gerou críticas até mesmo de alguns aliados de Maduro. (Com Agência EFE)