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Sanções americanas

EUA ainda pressionam para segurar petroleiro do Irã, mas Gibraltar rejeita

Petroleiro iraniano deve partir de Gibraltar neste domingo (18). (Foto: Johnny Bugeja/AFP)

Autoridades em Gibraltar rejeitaram o último pedido dos Estados Unidos para não liberar um navio petroleiro iraniano apreendido, abrindo caminho para que a embarcação possa seguir viagem.

O petroleiro deve partir neste domingo à noite, de acordo com um comunicado divulgado no Twitter pelo embaixador do Irã no Reino Unido, Hamid Baeidinejad. Logo após a detenção do petroleiro no início de julho, o Irã apreendeu o petroleiro Stena Impero, de bandeira britânica, que continua em poder da República Islâmica. Analistas avaliam que a liberação do navio iraniano por Gibraltar pode fazer com que o Stena Impero seja liberado.

O governo de Gibraltar disse neste domingo que está permitindo a liberação do petroleiro iraniano porque "o regime de sanções da União Europeia contra o Irã – que é aplicável em Gibraltar – é muito mais restrito do que o aplicável nos EUA". Os EUA haviam entrado com um mandado na Justiça para apreender a embarcação e sua carga de 2,1 milhões de barris de petróleo, citando violações das sanções dos EUA, bem como lavagem de dinheiro e terrorismo.

Autoridades dos EUA disseram a repórteres que o petróleo a bordo do navio era destinado a uma organização terrorista. Os documentos judiciais divulgados argumentam que a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã é a verdadeira dona do navio por meio de uma rede de empresas de fachada. Autoridades em Gibraltar disseram que, ao contrário dos EUA, a Guarda Revolucionária do Irã não é considerada organização terrorista sob as leis da União Europeia, do Reino Unido ou de Gibraltar.

O navio iraniano foi detido enquanto navegava sob bandeira panamenha com o nome de Grace 1. A partir de domingo, ele foi rebatizado de Adrian Darya 1 e tinha hasteado uma bandeira iraniana. O ministro-chefe de Gibraltar, Fabián Picardo, afirmou ter recebido garantia por escrito do governo iraniano de que o petroleiro não descarregaria na Síria.

Baeidinejad, embaixador do Irã no Reino Unido, disse em uma série de tuítes que "os esforços contínuos para levar a cabo as formalidades portuárias e colocar toda a tripulação no navio" estão ocorrendo desde que Gibraltar suspendeu a detenção da embarcação na quinta-feira.

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