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Soldados patrulham
os arredores
da Torre Eiffel, que foi
evacuada por duas vezes nos últimos dias após ameaças
de bomba | Thomas Coex/AFP
Soldados patrulham os arredores da Torre Eiffel, que foi evacuada por duas vezes nos últimos dias após ameaças de bomba| Foto: Thomas Coex/AFP

Medo crescente

Reino Unido vê ameaça de ataques na França e na Alemanha

Londres - A chancelaria do Reino Unido também emitiu um alerta ontem, para uma "forte ameaça" de ataques terroristas na França e na Alemanha, solicitando aos britânicos que viajam a estes dois países que tomem medidas de segurança. O governo britânico aumentou de regular para alta a ameaça de ataques terroristas.

"Podemos confirmar que atualizamos a advertência para as viagens à França e Alemanha, porque como outros grandes países europeus, enfrentam uma forte ameaça terrorista", declarou uma fonte do governo britânico.

"Os atentados poderiam ser perpetrados em locais indiscriminados, frequentados por estrangeiros e turistas", indica o comunicado da chancelaria.

A secretária de Interior do Reino Unido, Theresa May, pediu que a população informe a polícia sobre qualquer atividade suspeita, a fim de tentar evitar um eventual ataque terrorista.

"O primeiro e mais importante dever deste governo é a proteção e a segurança do povo britânico e das pessoas que visitam o Reino Unido. Nosso nível de ameaça é alto, o que quer dizer que um atentado é altamente provável", disse May à imprensa.

(Folhapress, em São Paulo)

Washington - Os EUA emitiram um alerta pa­­ra viagens de cidadãos norte-ame­­ricanos à Europa, citando "risco exacerbado" de atentados ao re­­dor do continente pela rede terrorista Al-Qaeda e seus afiliados.

O alerta do Departamento de Estado americano não cita países específicos, mas o Reino Unido cita França e Alemanha como al­­vos mais prováveis (leia no quadro acima).

Um plano de ataque a esses países teria sido desmantelado por serviços de inteligência eu­­ropeus com a ajuda dos EUA na semana passada. Em resposta, autoridades europeias também exortaram cautela extra.

Nas últimas três semanas, o nível de alerta para o risco de atos terroristas esteve elevado por toda a Europa. Nenhum atentado ocorreu, no entanto, o que indica uma possível onda de paranoia pelo continente.

O comunicado norte-americano em termos genéricos levantou sugestões de motivação política. A um mês de eleições para o Congresso em que democratas esperam fortes perdas, pode ser vantajoso para o presidente Ba­­rack Obama retratar a si e a seu partido como firmes contra o terrorismo.

"Desde o dia em que nos inteiramos desse último plano terrorista, o presidente deixou claro que temos que fazer todo o possível para proteger o povo americano"’, afirmou um porta-voz da Casa Branca. "Esse alerta é em resposta à ordem do presidente para não poupar esforços."

Cuidados especiais

Em reação aos alertas, o Minis­­té­­rio do Interior da França disse es­­tar vigilante e confirmou continuar em nível alto de risco. Em Pa­­ris, a Torre Eiffel chegou a ser eva­­cuada duas vezes nos últimos dias, mas nada foi encontrado. Forte po­­liciamento é mantido no local.

Não foi divulgado em que informação de inteligência se baseiam os alertas. Acredita-se que ao menos parte das con­­siderações tenham surgido do depoimento de um alemão de origem afegã que foi capturado perto de Cabul.

O comunicado dos EUA não chega a desaconselhar viagens. Apenas pede que americanos tomem cuidado especial em alvos comuns do terror­­ismo, como sistemas de transporte público.

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