Os Estados Unidos advertiram a Coréia do Norte na sexta-feira de que um segundo teste nuclear provocará "consequências severas" contra o esforço diplomático para chegar a um acordo sobre as ambições atômicas de Pyongyang.
O porta-voz do Departamento de Estado Sean McCormack também disse que podem ser retomadas ainda este mês as negociações que envolvem seis países, com o objetivo de dissuadir a Coréia do Norte da busca por armas nucleares em troca de assistência e garantias de segurança.
McCormack deu as declarações ao mesmo tempo em que as autoridades norte-americanas tentavam minimizar as possíveis indicações de que a Coréia do Norte possa estar se preparando para fazer outro teste nuclear como o que realizou no dia 9 de outubro.
"Se vocês testarem mesmo de novo um dispositivo nuclear, isso terá consequências severas para a viabilidade daquele processo político e diplomático -- por que eles tomariam esse tipo de medida?", disse McCormack a repórteres.
Autoridades sul-coreanas afirmaram ter detectado atividades perto de um possível local de testes nucleares na Coréia do Norte, mas não havia nenhuma evidência de que Pyongyang esteja prestes a fazer um outro teste nuclear.
As autoridades sul-coreanas falaram sobre o assunto antes de uma reunião com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, que visa a discutir a Coréia do Norte e as negociações.
Os seis países -- as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos -- não obtiveram nenhum avanço na mais recente rodada de negociações sobre o assunto, no mês passado.
McCormack não quis afirmar se a inteligência norte-americana também havia detectado novas atividades em lugares suspeitos da Coréia do Norte, mas disse que Washington, com base em suas avaliações políticas, não tem "nenhuma indicação" de que a Coréia do Norte pretenda conduzir um novo teste. A negativa foi reiterada por uma outra autoridade norte-americana que não quis se identificar.