O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um alerta enfático ao Irã nesta quinta-feira (19) sobre as consequências do país não responder à oferta de um acordo nuclear e pode ter um pacote de medidas a serem adotadas "em semanas".

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Mas o ministro do Exterior do Irã rejeitou a possibilidade de novas sanções, afirmando que o Ocidente aprendeu das "experiências fracassadas" do passado.

Na quarta-feira (18) o Irã rejeitou um acordo para enviar urânio enriquecido ao exterior para maior processamento, desafiando Washington e seus aliados, que pediam a Teerã que aceitasse um acordo que visa adiar a potencial capacidade do Irã de construir bombas em pelo menos um ano.

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O órgão nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse que o Irã deve enviar cerca de 75 por cento de urânio de baixo teor de enriquecimento para a Rússia e a França, onde ele seria transformado em combustível para um reator localizado em Teerã e usado em pesquisas médicas.

"O Irã levou semanas e não mostrou disposição para dizer sim a essa proposta... então, como consequência, iniciamos discussões com nossos parceiros internacionais sobre a importância de haver consequências", disse Obama em entrevista coletiva conjunta com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, durante visita a Seul.

Obama disse que o Irã não receberá um tempo ilimitado, o que torne a questão nuclear iraniana parecida com a norte-coreana.

"Não vamos duplicar o que aconteceu com a Coreia do Norte, em que as negociações continuam para sempre sem que haja uma solução verdadeira na questão", disse Obama.

Em Manila, o ministro do Exterior do Irã, Manouchehr Mottaki, minimizou a possibilidade de a República Islâmica sofrer novas sanções.

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"Sanções eram a literatura das décadas de 1960 e 1970", disse ele em entrevista coletiva. "Acho que eles são sábios o bastante para não repetir experiências fracassadas", acrescentou por meio de um intérprete. "É claro que isso depende deles."